Os hormônios são substâncias químicas produzidas por órgãos do sistema endócrino e por neurônios especializados.
Também conhecidos como “mensageiros químicos do corpo” após liberados na corrente sanguínea eles funcionam como reguladores da função de inúmeros órgãos e sistemas. Os hormônios bioidênticos são substâncias que possuem a mesma estrutura molecular e química dos hormônios produzidos no nosso corpo, e podem ser naturais (quando extraídas de outros animais) ou sintéticos (quando produzidas em laboratório).
A testosterona é um hormônio produzido principalmente nos testículos (nos homens), e nas adrenais, tecido gorduroso e ovários (nas mulheres). Em um indivíduo adulto suas funções mais importantes estão associadas às questões sexuais, como aumento da libido, ereção peniana, produção do esperma e manutenção das características masculinas adquiridas na puberdade – distribuição de pêlos, desenvolvimento muscular e ósseo, distribuição de gordura, formação de acne, oleosidade da pele, etc. Tem influência, também sobre as emoções, humor, sensação de bem estar e disposição, entre outros.
Segue a lista de algumas manifestações clínicas e alterações laboratoriais da baixa concentração sanguínea de testosterona:
– Redução ou perda do desejo sexual
– Diminuição dos feromônios que são liberados através da pele para chamar atenção masculina quando a mulher está ovulando
– Diminuição da auto-estima e da autoconfiança
– Falta de iniciativa e de vontade se cuidar
– Aumento de gordura corporal e redução de massa muscular magra
– Diminuição de massa óssea
– Diminuição do colesterol bom também conhecido como HDL
– Aumento importante da globulina ligadora de hormônio sexual
– Menor tônus muscular
– Fraqueza, preguiça, desânimo, mau humor, indisposição
– Depressão
– Descontrole emocional

O diagnóstico de baixa concentração de testosterona é dado pela presença de alguns dos sinais e sintomas citados acima, somado a um exame de sangue comprovando seu valo reduzido.
O tratamento envolve além da prática regular de atividade física e mudança de hábitos alimentares, a terapia de reposição hormonal, e é aí que a tão comentada testosterona bioidêntica entra em ação!
Existem inúmeras formas de reposição de testosterona, as mais usadas aqui no Brasil são: via intramuscular, géis e adesivos cutâneos. A novidade é um novo produto já aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration dos EUA), órgão americano que possui função semelhante à ANVISA aqui no Brasil. Trata-se da testosterona bioidêntica, hormônio estruturalmente semelhante ao produzido no nosso corpo, e o mais interessante é seu novo modo de aplicação. O hormônio vem em um frasco semelhante a um desodorante roll on, sendo sua aplicação tópica, direto na pele da axila, simples, indolor e fácil de transportar o frasco para qualquer lugar. A aplicação é feita diariamente, com liberação por um dispositivo, de 30 mg do hormônio em cada axila, sendo a dosagem ajustada a cada semana ou mês, dependendo da dosagem sanguínea da droga.

Quando administrados em altas doses ou quando o controle ineficiente, a terapia de reposição hormonal com testosterona pode gerar inúmeros efeitos colaterais, dentre eles:
#01 aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
#02 acne;
#03 aumento da oleosidade da pele;
#04 calvície;
#05 aumento da distribuição de pêlos principalmente pubianos e na face;
#06 impotência sexual;
#07 aumento do clitóris;
#08 masculinização da face (traços menos delicados e mais quadrados);
#09 alterações da voz;
#10 irregularidades no ciclo menstrual;
#11 aumento excessivo da massa muscular;
#12 masculinização do corpo feminino; (entre outros)
O mais interessante e vantajoso no caso da reposição hormonal com a testosterona bioidêntica é que além de sua meia vida ser pequena (tempo que o organismo leva para reduzir a concentração sanguínea da droga pela metade, metabolizar a droga), sua concentração no sangue pode ser dosada sempre que necessário. No mínimo sinal de efeito colateral a droga pode ser suspensa temporariamente e tal efeito possivelmente revertido.