Principais dúvidas apresentadas pelas gestantes em relação ao parto normal

Preparamos 17 questões que vão orientar você em relação às dúvidas mais frequentes em relação ao parto normal, vaginal ou recentemente chamado de parto espontâneo.

Parto Normal
Principais dúvidas apresentadas pelas gestantes.

1. Eu posso me submeter a um parto normal?

Isso é uma resposta que somente o seu médico poderá lhe fornecer, no entanto, existem alguns pontos que devem ser levados em consideração para que isso seja possível:

a) Você deve gozar de plena saúde

b) Possuir arquitetura anatômica para o parto normal, que é vista em exame pélvico realizado no consultório médico, onde os ossos pélvicos são avaliados em exame de superfície e de toque vaginal.

c) Não possuir nenhuma doença infecto contagiosa que possa ser transmitida para o bebê no momento do parto, como SIDA (HIV), infecção ativa e com lesões do papiloma vírus humano (HPV), etc.

d) Ter pressão arterial controlada caso seja hipertensa.

e) Outros quesitos que somente o médico especialista poderá avaliar.

2. O parto normal dói?

Dói! E a intensidade da dor varia de mulher para mulher, estando totalmente relacionada com a sensibilidade nervosa que essa possui. No entanto, a dor é passageira e os benefícios agregados a ela são imensuráveis, tanto para saúde da mãe, quanto para saúde do bebê.

3. É necessário fazer algum corte no procedimento de parto normal?

O corte realizado na região perineal durante o procedimento do parto vaginal se chama epsiotomia e o seu objetivo é evitar lesão na região que fica entre o vestíbulo vaginal e o ânus. Acontece, que neste local o tendão dos músculos que formam o assoalho pélvico se convergem, formando o centro tendíneo, que se for lesionado, além de ser de difícil cicatrização, pode trazer problemas futuros para a mãe como a retocele ou extrusão do canal retal, ou seja, o canal vaginal pode perder a sua sustentação e desabar sobre o reto ou este pode exteriorizar-se, sem falar de prolapso uterino.

No entanto, este procedimento não é realizado em todas as mulheres, e a sua necessidade só pode ser definida na hora do parto.

Trata-se de um procedimento simples, uma incisão cirúrgica feita com bisturi após aplicação de anestesia local. Assim que o bebê nasce, o local é suturado e entre 15 e 20 dias em média, os pontos são removidos. Geralmente, o médico obstetra utiliza pontos intradérmico no local, que é o mesmo utilizado em cirurgias plásticas e na cesariana. Desse modo, a cicatriz é mínima e por ser uma área pouco exposta a luz, ela tende a regredir em alguns anos.

4. Eu já fui submetida a um parto abdominal (cesariana). Meu segundo parto pode ser normal?

Esta avaliação só pode ser feita por um médico especialista. Quando você se submete a uma cesariana, parte de sua resistência abdominal é perdida, vez que durante o procedimento, é necessário abrir a cavidade abdominal. Com isso, aumenta-se o risco de se desenvolver hérnias umbilicais e entre os músculos reto abdominais.

5. É verdade que depois do parto normal eu vou ficar menstruada 40 dias?

Após o parto normal, existe um período conhecido como período puerperal, ou no linguajar popular, “resguardo”, onde é comum que a mulher tenha sangramento vaginal por até 40 dias. No entanto, isso não é uma regra e tão pouco menstruação. Este sangramento é simplesmente uma faxina que o útero está fazendo após nove meses de gestação.

6. Eu posso ter relações sexuais após o parto? Quanto tempo devo esperar?

Você deve esperar cerca de 30 – 40 dias para reatar sua vida sexual. Isso é necessário para que o seu útero termine aquele processo de faxina que mencionamos no item anterior, retorne e retorne ao seu tamanho original. Relações sexuais antes deste período são relatadas como dolorosas e podem trazer infecções oportunistas para o útero que está se recuperando o que pode ter um grave repercussão.

7. O que é o fórceps?

O fórceps é um instrumento cirúrgico utilizado durante o parto vaginal, caso o bebê esteja em alguma posição desfavorável ou a mãe atinja exaustão física e energética antes do término do parto e não seja possível realizar o parto abdominal. Em outras palavras, ele auxilia a extração do bebê em casos específicos.

8. O fórceps machuca a mãe?

O instrumento pode sim machucar a parede vaginal, se posicionado de forma inadequada ou em situações de risco para o bebê, onde seu uso precisa ser “urgente”. No entanto, o próprio organismo cuidará deste nado e o reparará.

9. É verde que o parto vaginal deixa a vagina flácida e sem tônus?

Durante o trabalho de parto, a mulher precisa usar o grupo muscular que envolve o canal vaginal e a própria vagina, o que pode sim, deixa-la distendida ou mesmo flácida após o processo. No entanto, isso varia de mulher para mulher, de organismo para organismo.

10. O que é possível fazer para evitar a perda do tônus da parede interna da vagina após o parto?

A mulher pode fazer exercícios pré e pós-parto, que vão lhe auxiliar tanto no momento do parto normal como na recuperação pós-parto. Um exercício muito utilizado é o pompoarismo. Converse com seu médico ginecologista, ele poderá lhe orientar e os exercícios podem ser feitos em casa.

Outra forma de se corrigir o problema é cirurgicamente, onde a parede vaginal é incisionada, excesso de pele e fibra de colágeno cicatricial é removida e deu diâmetro é reduzido.

11. Exercícios da região perineal, incluindo aqui o pompoarismo, possuem outros benefícios?

O objetivo destes exercícios é fortalecer a musculatura da região, proporcionando controle voluntário de relaxamento ou compressão da mesma. Ou seja, por se tratar de músculos esqueléticos voluntários, a mulher conseguirá com o tempo, contrair e dilatar os músculos pélvicos, o que reflete no canal vaginal. Isso trás benefícios como: substanciais ganhos de qualidade na vida sexual do casal, redução do risco de distensão do canal vaginal pós-parto, redução do risco de ocorrer retocele, vesicocele (bexiga caída), prolapso uterino, entre outros ao longo da vida.

12. Eu corro o risco de engravidar logo após o parto?

Sim! Logo após o parto, o ovário começa a desenvolver suas atividades normalmente outra vez e uma gravidez é possível. Por isso é necessário utilizar métodos contraceptivos de barreira ou mesmo contraceptivos hormonais, que tem uma abordagem diferente após a gravidez. Por isso, você deve consultar seu médico para esclarecer esse ponto.

13. As relações sexuais mudam após o parto? O sexto se torna menos prazeroso?

Fisiologicamente e anatomicamente falando não. O que pode acontecer é que devido a presença de um novo(a) integrante no circulo familiar, a dinâmica do casal pode mudar. Você pode estar no auge de uma relação e ser interrompida pelo choro de seu bebê. Nada que conversado e planejado não resolva. Quando ao prazer, não existe nenhuma explicação científica para explicar sua redução. Pelo contrário, muitas vezes o casal, e principalmente a mulher relata o contrário.

14. É comum que a lubrificação vaginal fique reduzida após o parto?

Sim. Isso acontece porque os níveis hormonais da mulher estão alterados e isso reflete diretamente na mucosa vaginal. Além disso, a prolactina, hormônio responsável por estimular a produção de leite também provoca este efeito. É normal que quadros de redução ou ausência de lubrificação estejam presentes até o final da amamentação, isso faz com que, inclusive, a mulher queixe de dor nas primeiras relações após o parto.

15. Existe algum problema em fazer sexo anal durante o período pós-parto?

Muitos casais usam deste artifício para não cessar por completo sua vida sexual. No entanto, o sexo anal pode também ser um fator de risco para infecções uterinas. Sendo assim, o mais aconselhável é que aguarde o período de 30 a 40 dias para retomar as atividades sexuais.

16. O leite pode jorrar durante a relação sexual?

Sim, e isso é normal e deve ser visto com naturalidade. A cumplicidade do casal e um toque de brincadeira é o suficiente para tirar essa situação de letra e evitar que ela atrapalhe o bom relacionamento do casal.

17. Durante a gestação (gravidez) é permitido ter relações sexuais? Isso trás algum dano ao feto?

É permitido sim, e quem vai determinar como e até quando é o casal. Relações sexuais durante a gravidez não trás nenhum dano ao feto, e o motivo é simples: o feto está localizado dentro do útero, envolvido em uma bolsa protetora, a placenta. Alem disso, durante a gestação, a cérvix, ou colo do útero, cria um muco protetor que isola este local do canal vaginal como forma de proteger o feto.

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