Exames pré-natal obrigatórios durante a gestação

A gravidez é um estado de extrema alegria, todos os familiares ficam ansiosos com a chegada do novo membro. Mas, a responsabilidade de carregar, nutrir e cuidar por 9 meses de um outro ser, é apenas da gestante.

É indispensável então, que a mulher, assim que descobre da gravidez, procure um médico ginecologista para acompanhá-la desde os primeiros meses de gestação até o período após o parto.

Os exames de pré-natal solicitados pelo ginecologista variam muito de acordo com a necessidade da paciente, de suas queixas, da disponibilidade financeira do serviço de saúde (há diferença sim entre exames solicitados via SUS e exames solicitados via particular ou convênio). Mas há aqueles, que independentemente do serviço de saúde, renda ou queixa da paciente, devem, obrigatoriamente, ser solicitados pelo médico assistente.

Exames pré-natal

Listas de exames para um pré-natal saudável:

1. Hemograma completo: exame de sangue para avaliar principalmente se gestante possui anemia, o tipo e a provável causa. Também é importante para analisar leucócitos e plaquetas, importantes nos processos inflamatórios e na coagulação, respectivamente.

2. Glicemia em jejum: exame que visa rastrear se a gestante possui diabetes gestacional (veja aqui no LINK), condição clínica adquirida especificamente na gravidez.

3. Tipagem sanguínea e fator Rh: o mais importante neste exame de sangue é a identificação do fator Rh da mãe. Sabe-se que se mãe Rh negativo e pai Rh positivo, há 50% de chance de o feto ser Rh positivo, gerando então a sensibilização da mãe pelas hemácias positivas do feto, ou seja, a gestante começa a produzir anticorpos, que atravessas a membrana placentária e iniciam um processo de destruição das hemácias fetais, gerando anemia fetal, ou melhor, uma doença conhecida como eritroblastose fetal.

4. Anti HIV 1 e 2: tem por objetivo detectar se a gestante é HIV positiva (portadora da AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Pois, se positiva, há grande chance da doença ser transmitida ao feto.

5. VDRL: exame para rastreamento da sífilis. Se positivo, ainda é necessário se fazer o exame FTA-Abs para comprovação. Se negativo, descarta a doença.

6. HBsAg: exame para detecção de hepatite B. Se gestante positiva, é imprescindível a aplicação de vacina associada a imunoglobulina no bebê, de preferência após as primeiras doze horas após o parto.

7. IgM e IgG para toxoplasmose: a sorologia para toxoplasmose deve ser analisada de acordo com o perfil da paciente, veja:

– Se IgG e IgM negativas: significa que a paciente não está imunizada, ou seja, nunca teve a doença e nem foi vacinada. Este é o perfil que exige mais atenção do ginecologista, pois há grande chance de a gestante adquirir a doença e transmiti-la ao feto.

– Se IgM e IgG positivos: significa que a paciente está com a doença em fase aguda, ou possui IgM residual.

– Se IgM negativa e IgG positiva: doença antiga, por contato no passado ou paciente imunizada.

– Se IgM positiva e IgG negativa: suspeita de toxoplasmose em fase inicial.

8. IgM e IgG para rubéola: se negativo, é importante vacinar a mãe logo após o parto e orientá-la aos cuidados para evitar a doença durante o período gestacional.

9. EAS, urocultura e antibiograma: exames de urina para avaliar principalmente infecção urinária na gestante, pois se positivo, mesmo sem sintomas, deve ser tratada com antibióticos.

Também podem ser solicitados adicionalmente:

1. Anti-HCV: detecta citomegalovírus; sua indicação como rotina ainda é questionável nos dias de hoje.

2. Cultura para estreptococo do grupo B: deve ser realizada preferencialmente entre 35 e 37 semanas de gestação. Para sua realização, é colhido material da região perivaginal e perianal. Se positivo, é imprescindível dar antibiótico para a mãe, no momento do parto. A infecção pelo estreptococo do grupo B é a principal causa de sepse neonatal, responsável pelo óbito fetal em 90% dos casos.

3. Citologia oncótica

4. Exame parasitológico de fezes: é realizado apenas nos casos de anemia ferropriva o/ou suspeita de parasitose intestinal.

5. Ultrassom: são realizados no mínimo 3 exames de imagem durante a gestação, sendo um em cada trimestre.

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