De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa a palavra aborto significa interrupção da gravidez, ou seja, a expulsão do feto num momento em que ele ainda não adquiriu condições de sobrevivência no meio extra-uterino (fora do útero).

O aborto pode ser espontâneo, quando ocorre até a vigésima semana (5 meses) de gestação ( pois a partir de 5 meses já é considerado parto prematuro e não aborto) e involuntário; e também pode ser induzido, quando ocorre de forma forçada, provocado por algum agente, como medicamentos ou cirurgia.
O espontâneo, aquele que ocorre sem o desejo da mulher de interromper a gestação ainda pode ser dividido em aborto iminente, quando há apenas uma “ameaça” de expulsão fetal, geralmente a mulher manifesta com cólicas e dores abdominais, desconforto e um leve sangramento vaginal; e o aborto inevitável, que é quando o útero já está dilatado e há irreversivelmente a expulsão do feto. As causas são inúmeras, e incluem: anomalias cromossômicas que impossibilitam o desenvolvimento do feto, obesidade materna, idade materna avançada (acima de 35 anos), estresse, traumas psicológicos, uso de drogas ilícitas, tabagismo e alcoolismo.
Os principais sintomas de um aborto espontâneo são: hemorragia vaginal, sendo que a quantidade de sangue eliminado varia de mulher para mulher, dor abdominal em cólica, muito semelhante à dor da cólica durante a menstruação, também podem ser eliminados líquidos e um material sólido pela vagina, o que deve ser recolhido e levado ao médico para que ele analise, pois há grande possibilidade de se tratar de fragmentos do feto.
É importante lembrar que algumas mulheres abortam sem sentir dor, desconforto ou sangrar!
Já o aborto induzido ocorre quando a gestação é interrompida por algum fármaco químico ou natural, ou ainda através de ato médico. Por se tratar de uma questão ainda em discussão em nosso país, não abordaremos este tipo assunto de forma aprofundada no momento.
No Brasil o aborto só é permitido, nos casos de: gravidez resultante de estupro, ou quando há risco de morte para mãe, se caso o aborto não for realizado. As conseqüências do aborto ilegal são incontáveis e variam de hemorragia leve (perda de sangue) até o óbito da gestante e do feto. Por outro lado, também são inúmeras as conseqüências, em longo prazo, de uma criança não desejada, ela pode ser vítima de abandono, violência doméstica, maus tratos, abuso sexual, baixa auto-estima, delinqüência, sem contar os danos psicológicos e emocionais. Nesse caso, o melhor a se fazer é prevenir uma gravidez indesejada.
É importante ressaltar que o site Guia Saúde da Mulher não é a favor ou contra o aborto, as informações contidas no texto não refletem a opinião pessoal dos editores.