Síndrome dos ovários policísticos – causas, sintomas, tratamento

Quem nunca ouviu falar na síndrome dos ovários policísticos? Sempre há alguma amiga, alguém da família, ou um parente distante, que tem a doença. A síndrome, que é caracterizada pela presença de 12 ou mais cistos de 5 a 9 mm na periferia do ovário, acomete de 5 a 10 % da população feminina em idade reprodutiva, e como a endometriose, é uma das causas de infertilidade feminina, devido a ciclos menstruais anovulatórios.

Como e porque a síndrome dos ovários policístico ocorre?

O mecanismo de formação da síndrome ainda é incerto, mas sabe-se que está relacionado ao aumento da concentração sanguínea de andrógenos, o hiperandrogenismo. Os andrógenos são hormônios derivados do colesterol, são sintetizados pelos ovários, adrenais e nos locais de conversão extra glandulares dos esteroides (fígado, músculos, pele e tecido adiposo).

Há 4 teorias que tentam explicar a fisiopatologia da síndrome, ou seja, porque ela ocorre:

#1 Defeito na ação e secreção da insulina, ocasionando hiperinsulinemia e resistência periférica dos tecidos à sua ação;

#2 Defeito primário neuroendócrino, culminando com aumento da freqüência de pulso e secreção de LH (hormônio luteinizante);

#3 Defeito na síntese de andrógenos, resultando em aumento da produção dos andrógenos pelos ovários;

#4 Alteração no metabolismo do cortisol, resultando em aumento da produção dos andrógenos pelas glândulas adrenais.

Quais os sinais e sintomas da síndrome dos ovários policístico?

  • Várias tentativas frustradas de engravidar;
  • Aumento da quantidade de pêlos corporais;
  • Mudança no timbre de voz, que pode ficar mais grave;
  • Acne, principalmente na face e dorso;
  • Rareamento ou queda de cabelo;
  • Hipertrofia (aumento do tamanho) do clitóris;
  • Primeira menstruação precoce;
  • Períodos menstruais irregulares, com excesso ou ausência de menstruação;
  • Aumento ou aparecimento de estrias;
  • Aumento das concentrações sanguíneas de testosterona;
  • Hipertensão arterial sistêmica de causa investigada e ainda desconhecida;
  • Diabetes mellitus tipo 2;
  • Aumento de peso, com aparente ganho de gordura, principalmente abdominal.

Observação: Os sinais e sintomas são variáveis, se você tem a síndrome, não significa que tem ou terá todas as manifestações descritas acima.

 

Como diagnosticar a síndrome dos ovários policístico?

A síndrome dos ovários policísticos é diagnosticada por exclusão. O ginecologista, inicialmente, suspeita da presença da doença por meio dos sinais e sintomas, que são bem típicos da síndrome. O diagnóstico só é confirma do com imagem ultra-sonográfica de microcistos e dosagem hormonal.

Como tratar a síndrome dos ovários policístico?

A escolha do tratamento deve basear-se em:

  1. Tratamento dos sinais e sintomas: pode ser feito com o uso de contraceptivos orais, drogas que reduzem os níveis de insulina circulante, cosméticos redutores de acne.
  2. Tratamento da infertilidade: podem ser usadas drogas que induzem a ovulação, ou mesmo ser realizada fertilização in vitro.
  3. Prevenção de consequências geradas peça doença a longo prazo: nesta etapa, é imprescindível que sejam feitas mudanças nos hábitos de vida, principalmente no que diz respeito à alimentação e à prática regular de atividade física.
  4. É importante ressaltar que a escolha da forma do tratamento deve ser feita pela paciente e pelo médico especialista de sua escolha.
Crédito imagem: vilamulher.com.br

Há uma forma de prevenção?

Não há como prevenir a síndrome dos ovários policísticos, viso que é uma desordem hormonal, não adquirida e que pouco se sabe sobre seu mecanismo.

Crédito imagem: colegiopmcampinas.blogspot.com

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