Descoberta em 1922, a vitamina D é produzida em grande parte pelo nosso organismo, cerca de 90%, o restante do que precisamos (os 10% restantes) é proveniente da dieta.

É uma vitamina lipossolúvel, ou seja, necessita da gordura para ser absorvida na região do intestino. Possui duas formas principais: Calciferol ou D2, vitamina de origem vegetal, e o Colecalciferol ou vitamina D3, de origem animal, cujo estímulo para sua produção é a exposição à radiação ultravioleta.
A principal função desta vitamina é controlar a quantidade de cálcio nos ossos e no sangue, ou seja, controlar a homeostase do cálcio. A vitamina D, por meio dos seus receptores na superfície das células permite a entrada e mobilização do cálcio extracelular para o meio intracelular, e qualquer alteração nesta via, pode gerar doenças.
Há inúmeras doenças causadas pela deficiência de vitamina D, também chamadas de hipovitaminose D, tais patologias podem ser decorrentes da pouca exposição ao sol, da baixa ingestão desta vitamina na dieta ou secundária a algum distúrbio na absorção de lipídeos (gorduras), veja as principais:
– Raquitismo: Doença da infância caracterizada pela inadequada mineralização óssea devido à baixa exposição à luz solar ou dieta pobre em vitamina D. As manifestações clínicas mais comuns são: irritabilidade, sudorese, alterações ósseas como arqueamentos e deformações, tendência aumentada à fraturas ósseas, atraso no desenvolvimento dentário, fraqueza e redução do tônus muscular, entre outros.
– Osteomalácia: Condição clínica semelhante ao raquitismo, porém em adultos.
– Osteoporose: Caracterizada pela redução da densidade óssea, aumentando principalmente as chances de fraturas: Osteoporose como causa de fraturas espontaneas.
– Doenças crônicas: Algumas doenças crônicas como a doença de Crohn, doença hepática crônica, doença renal crônica, entre outras, podem causar hipovitaminose D como conseqüência, sendo então necessário que o médico trate a doença inicial e ainda corrija a deficiência vitamínica.
Estudos recentes apontam que a deficiência da vitamina D causa, ou contribui para a gênese de doenças como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, asma, esclerose múltipla, autismo, câncer colorretal, câncer de mama, depressão e doenças cardíacas.
Vitamina D melhores Hábitos
Simples e sem custos podem ser incorporados ao dia a dia a fim de se evitar este tipo de hipovitaminose. É importante principalmente a exposição diária ao sol, num período de 15 a 20 minutos, preferencialmente antes das 10:00 e após as 16:00 horas. Mas lembre-se de deixar o máximo de pele descoberta, para que a superfície exposta seja maior e a ação dos raios mais eficaz e também de usar o filtro solar, principalmente na face. Além disso, sua dieta pode ser enriquecida por alimentos fonte de vitamina D, como:
derivados do leite de vaca (queijos, iogurtes, manteigas), leite de soja, salmão, atum ovos (principalmente a gema), sardinha, bife de fígado, cogumelo, óleo de fígado de peixe e cereais. A dose recomendada por dia para crianças e adultos de até 50 anos é de 5 mg/dia (200 UI/dia). Já em pessoas de 51 a 70 anos de idade, a dose aumenta para 10mg/dia (400UI/dia) e, 15 mg/dia para idosos acima de 70 anos de idade.
Mas lembrem-se, tudo em excesso faz mal! A ingestão excessiva de vitamina D (mas não a exposição excessiva ao sol) pode, raramente, mas pode causar hipervitaminose D, sendo seus principais sintomas: náuseas, vômitos, emagrecimento, perda de apetite, desmaios, diarréia, dores abdominais, flatulência (gases) e dores de cabeça.